Atendi na sequência ontem 3 clientes em Consultoria de Carreira, um trabalho que amo, e para os 3, apesar de suas diferenças de carreira, cargo, idade, expectativas, dei o mesmo feedback: falta autoconhecimento. Falta muito autoconhecimento.
Insisto no tema, publico artigos, dicas, sempre querendo ajudar e vejo o quanto isso faz diferença na vida das pessoas. Positivamente ou não...
O quanto a falta em saber sobre si mesmas as deixa na mesmice, no marasmo, no lugar comum. Se estivessem felizes assim, tudo bem, mas não estão. Às vezes, quando acordam, já se passou muito tempo e provavelmente muita oportunidade.
Muitos passam pela vida conhecendo pouco de si mesmos.
Não falo dos "3 defeitos e 3 qualidades" (que nunca deveria ter existido como pergunta em Seleção, rs) mas de saber sobre sua carreira, seus destaques e principalmente, principais habilidades (suas fortalezas) e seus pontos a desenvolver (fraquezas). Isso é compreender seus limites e aprender a ultrapassá-los. É mostrar ao interlocutor aquilo que faz com maestria e como está utilizando todos os seus recursos e potencial para alcançar o que ainda não é tão bom. Mostra seu caráter, personalidade, a forma como enxerga seu papel no mundo. Mostra sua crítica consigo mesmo, humildade, capacidade de análise, planejamento sobre seus sonhos e como tirá-los do papel.
Rogo que o recrutador que esteja lhe atendendo seja alguém sensível e estudado para compreender verdadeiramente o ser humano que está à frente em todo o seu potencial.
- Ah, Luciane, mas se me perguntam isso direto eu vou ensaiado, li aqui no LinkedIn como a gente deve responder “de forma correta” esta pergunta (como se isso existisse!!) e também li que isso é bobagem, para que saber minhas habilidades? (muita gente fala de RH sem saber nada, cuidado para não acreditar cegamente em tudo o que lê, algumas pessoas têm se tornado “gurus” da noite para o dia e se analisarmos as suas trajetórias pouco lidaram efetivamente em suas carreiras com RH, gestão de pessoas e suas nuances. E, mais ainda, poucos “têm chão”, “estrada” no assunto para julgarem com tanta exatidão e profundidade, sinalizando regras e formas de conduta nesta área tão complexa).
Quando lhe perguntam sobre você mesmo, aonde você quer chegar, o que tem de melhor, aonde pode se aprimorar, a preocupação não (deve ser) é se o candidato vai dizer alguns adjetivos da moda e qual sua entonação apenas, mas a forma como vai se portar, os exemplos que vai dar, a superação que passou para conseguir desenvolver estes tais pontos fracos e sua capacidade para saber como ainda pode ir mais adiante. Seu DIFERENCIAL! Demonstra sua MATURIDADE.
Você deve ter percepção sobre si mesmo, buscar saber quem é. Diariamente.
As empresas querem cada vez mais pessoas que tenham capacidade de conhecer não apenas processos e teorias, mas a si mesmas.
Os processos vão mudar, as coisas não vão mais existir como são agora, tecnologias substituirão muito do que fazemos hoje em dia (e ainda nem imaginamos ou conseguimos imaginar quanto as coisas mudarão) mas, enquanto existir este tal agente (aquele que atua, opera) que “faz”, nós, os humanos, pessoas, gente, ainda haverá necessidade de conhecer o desconhecido, nossa mente e formas de agir.
O dia em que esgotarmos isto, estaremos em outra era, não mais humana, bem provavelmente.
Por enquanto, preocupe-se com este tempo e com você mesmo no mundo.
Boa sorte em seus processos seletivos.
Para te ajudar nesta jornada de autodesenvolvimento, acesse:
https://www.lucianevecchioconsultora.com.br/servicos
(Gilberto Gil) – Cérebro eletrônico
“O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Faz quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar
Se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar
Quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões
De carne e osso
Eu falo e ouço.
Eu penso e posso
Eu posso decidir
Se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
No meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo
Sou muito vivo e sei
Que a morte é nosso impulso primitivo e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus olhos de vidro”
#LucianeVecchioConsultora
Se for copiar, dê crédito à autora (eu!)