E-mail enviado por um cliente:
É ético participar de um processo seletivo de uma agência, que lá no final do processo ficamos sabendo que a empresa que está com a oportunidade em aberto não me interessa? Até o momento sou justo e declaro isso "não tenho interesse de trabalhar nesta empresa", mas será que o Recrutador será ético e me ignorará para os próximos processos? Qual a melhor forma de fazer isso, deixar claro no início ou no fim momento de saber a empresa?
Resposta:
Entendo que você se refere aos processos feitos por consultorias independentes, não pela empresa contratante, diretamente.
Sendo assim, penso que o momento de informar que não tem interesse é assim que o nome da empresa for mencionado, desde que a informação esteja bem embasada (você tenha certeza dos motivos pelos quais não quer atuar ali).
A transparência e a clareza certamente serão virtudes consideradas e apontadas em relação ao seu perfil. Claro que não posso falar por todos os empresários, mas, a maior parte das organizações, atualmente, está mais aberta, compreendendo o candidato como cliente e não mais numa relação de superioridade, sendo a empresa a mandante e o candidato quem obedece.
Acredito também que haverá maturidade por parte do Recrutador ao entender que você se referia apenas à uma empresa, não o excluindo das outras oportunidades, em outras organizações.
Reforço o que citei acima, acredito que se os motivos estiverem bem desenhados e foram igualmente bem explicados por você, haverá compreensão por parte de quem entrevista.
Também vale a pena você considerar os reais motivos que o levam a ter esta certeza, você ouviu falar mal da empresa apenas? Conheceu uma pessoa que trabalhou lá? Muitas pessoas com a mesma opinião? Seria uma ideia pré-concebida apenas ou as razões são mesmo embasadas?
Recentemente, um cliente comentou que não queria de jeito nenhum trabalhar na empresa “X”. Acabou sendo chamado para um processo seletivo em nível Executivo e descobriu que tudo estava mudado, Diretoria, áreas, filosofia. Ou seja, se ele tivesse ficado apenas com a primeira impressão, poderia ter negado a participação logo de cara e perdido a chance de atuar em uma empresa que se reinventou e estava de cara nova!
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Luciane Vecchio
Psicóloga Clínica, Master Coach, Consultora de Carreira, Especialista em RH, Orientadora Vocacional, Colunista de Carreira & Comportamento
CRP: 06/74914