Acredito que, como já ocorreu em décadas anteriores, as pessoas estão mais preocupadas com os valores e o resgate dos laços familiares.
Foi muito comum, em outros tempos, os profissionais terem mais atenção com suas carreiras no sentido de não se preocuparem exatamente com as horas trabalhadas. O que importava era chegar à liderança, crescer.
Atualmente, estamos vendo uma mudança nestes paradigmas. Muitas pessoas perceberam a necessidade de estarem mais próximas dos filhos, dos pais idosos, de seus irmãos e, principalmente, terem mais qualidade de tempo, no sentido do uso deste fora do ambiente de trabalho.
Mais acesso aos conteúdos sobre qualidade de vida, mais acesso às informações e mais casos de doenças como hipertensão, por exemplo, foram fazendo com que as pessoas repensassem suas relações com a vida, com o trabalho, consigo próprios e com tudo o que cerca suas carreiras.
Se antes a necessidade era a mulher ir para o mercado de trabalho firmar sua posição, atualmente temos algumas se voltando à criação dos filhos, repensando suas carreiras, empreendendo, trabalhando no modelo "home office", para poderem ter mais dedicação às suas famílias. Algumas estão descobrindo outras habilidades para poderem ter renda sem necessariamente estarem ligadas à rotina de 8h ou mais horas de trabalho diárias.
Os homens também têm compreendido melhor o papel de pai, a necessidade de proximidade com seus filhos.
Alguns profissionais estão mudando de carreira, profissão e até mesmo geograficamente, pensando na economia de tempo para que possam se dedicar mais a si mesmos, à saúde e à família.
Tenho clientes mudando completamente seu rumo e seu planejamento, realizando significativas alterações em seus cargos. Alguns mudam de cidade, estabelecem novas rotinas, preferem ganhar menos, mas não ficar o dia todo no escritório.
Toda fase na história pede a habilidade de adaptação do ser humano, que estará sempre aprendendo sobre si mesmo e desejando cada vez mais autoconhecimento.
Por outro lado, também tenho várias clientes mulheres que não desejam ter filhos, mas sim terem mais tempo para suas carreiras e para a realização de seus sonhos.
Estamos mais abertos para aceitar ambos os lados da moeda, aquela pessoa que deseja mais tempo com os filhos e por isso tem mudado de profissão, local, carreira, até aqueles indivíduos que estão viajando mais, querendo mais liberdade e se vendo fora das amarras sociais da obrigação de ter um script predefinido sobre como devem construir suas trajetórias.
Luciane Marcovecchio
Psicóloga, Psicanalista, Coach, Consultora de Carreira, Especialista em Recursos Humanos
CRP 06 74914
https://www.lucianevecchioconsultora.com.br/
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