Com 12 anos, comecei a trabalhar como Recepcionista em 1 escola que ensinava Alemão.
Os líderes eram justos, mas muito rígidos.
Eu também limpava a escola de ponta a ponta. Era uma casa grande, dava um trabalhão!
Desde cedo, portanto, pude aprender sobre decisões de carreira, maturidade profissional, ética, respeito, educação e responsabilidade. Comecei a entender o que são competências e como desenvolvê-las.
Sempre quis fazer Psicologia, meu objetivo era apoiar as pessoas em diversas situações. Tanto que sou Especialista em RH, mas também em atendimento clínico.
Aliei as 2 áreas pois, penso que o ser humano é complexo e suas questões profundas. Carreira está diretamente alinhada com personalidade, com autoconhecimento e com a capacidade de se permitir testar, aprender, criar, mudar. As escolhas profissionais, feitas ainda bem cedo, estão diretamente ligadas às experiências primeiras, as da infância, adolescência, ainda que de forma inconsciente.
Ao longo da jornada, fiz Técnico em Secretariado, trabalhei como Estagiária na Telesp, Sabesp e Caixa Econômica Federal e até como Relações Públicas em uma grande cervejaria. Trabalho noturno, uma loucura e uma preocupação para a minha mãe.
Antes mesmo de começar o curso Superior, eu já trabalhava em agência de empregos, no Centro de SP. Isso me fez acessar o mundo do RH e compreender como ele funcionava. Fez também com que eu entendesse que o trabalho com RH é muito sério, não é para amadores. Leva muito tempo e muito estudo para estar preparado!
O que sempre me acompanhou, além da vontade de fazer com que as pessoas pudessem se conhecer, foi a motivação para o desenvolvimento das lideranças. O que fiz, posteriormente, já como Supervisora de RH, no meu 1º emprego como estudante de Psicologia! Tive muito cedo uma grande responsabilidade em uma Consultoria de RH de médio porte que não existe mais. Liderei pessoas e entendi que cada uma realmente tem seu jeito de entender e fazer as coisas.
Fazia Seleção, Treinamento, Programas de Desenvolvimento. Foi onde comecei a trabalhar com líderes, ainda no ano de 2000.
Revendo a minha trajetória em grandes empresas, atendendo a clientes também importantes e decidindo ter a minha própria empresa há algum tempo, vejo o quanto aprendi com aquele 1º emprego, com as habilidades que precisei desenvolver e que me fizeram ser quem sou hoje. Limpar a escola, algo que talvez os jovens atualmente encarariam como um abuso, moldou o meu caráter e me fez começar a compreender o funcionamento de uma empresa em cada parte dela.
Acabei de fechar o material de um jovem de 18 anos buscando o seu 1º emprego. Muita coisa mudou, na verdade tudo mudou do meu primeiro emprego até hoje. Mas, o que não muda são as decisões que precisamos tomar acerca de quem somos e do que queremos, se vamos deixar a vida passar ou abraçar as oportunidades de se conhecer e se desenvolver. Pode ser dolorido, mas é essencial!
O que não muda e deve ser a cada dia mais importante, é a habilidade de relacionamento interpessoal que comecei a desenvolver há muitos anos e que hoje incentivo aos jovens e líderes que também desenvolvam.
Conhecer a si mesmo, entender quais são os limites, as habilidades, as fraquezas, são características que se encaixam em qualquer setor, cargo ou carreira.
Somente um profissional, um líder, que se permitiu passar por um processo de autoconhecimento, consegue apoiar e desenvolver a si mesmo e às outras pessoas. Claro que outras habilidades são importantes, mas sem estas não se faz um bom profissional.
Por mais automatização que tenhamos, a necessidade de se conhecer e a habilidade de relacionamento interpessoal nunca devem ser negligenciadas.
Permita passar pela vida realizando constantes análises profundas sobre quem você é e passe a decidir de forma consciente e madura.
Afinal, "deixa a vida me levar" só fica bom mesmo em letra de música... e olhe lá!
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